sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Careless

Hoje sinto-me diferente, sinto-me distânte e sosinho, sinto-me como se tivesse sido deixado para trás e fiquei sosinho neste mundo.
Sempre quis ter um mundo a que pudesse dizer que seria só meu, mas não desta forma... Queria um mundo que pudesse governar, mas não sosinho, queria um espaço só meu que pudesse partilhar, mas agora não posso...
É triste a forma de como fui acabar assim, história que agora não tenho a ninguem para contar, história que mais ninguem irá alguma ter conhecimento.
Havia tanto que eu queria fazer enquanto estivesse vivo para que as pessoas um dia olhassem para o que fiz e dissessem que estava giro ou engraçado, ou até mesmo que dissessem que estaria uma porcaria, mas desde que estivesse lá a minha marca...
Havia tantas coisas que eu queria dizer enquanto estivesse vivo, ideias a dar, filosofias a comentar, histórias para desvendar, passados para recordar, futuros para planear, uma vida inteira para se falar, mas ninguem se iria lembrar...
Sabendo que uma vida poderia durar o tempo todo que a pessoa que a governasse essa vida quizesse, mas a minha parece agora inexistêncial, porque simplesmente fui deixado sosinho, não sei o quanto mais quero viver, nem sei quando quero morrer...
Já não sei o que fazer, porque ninguem irá ver o que fiz.
Já não sei o que dizer, porque ninguem irá ouvir o que eu disse.
Já não sei como viver, porque ninguem saberá que eu vivi.
Já não sei como escrever, porque ninguem irá ler tudo o que escrevi, até agora...

(uma alma foi ferida durante a produção deste texto)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu sei que há dias em que nos sentimos assim. Muitos dias!, até!!!
Mas sabes o que disse hoje a alguém que talvez um dia entendas?
Isto «Fazes bem em alindares os teus horizontes ajudando os teus conhecidos, para não te desgostares tanto a vê-los infelizes.»
Só tu podes dar a beleza que queres encontrar, que precisas encontrar, naquilo para que olhas.
Faz qualquer coisa, Diogo, qualquer coisa de construtivo serve, que distraia o teu coração da amargura, que o resultado será gostares de ti.
Beijos. Madrinha Nonô

03:22  

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