domingo, 7 de dezembro de 2008

D

Sentes o que estou a sentir? obviamente que não...
É doleroso, apenas me faz sofrer cada vez mais, é uma dor que nunca tinha antes sentido.
Eu procurava, esquecia e depois encontrava, mas já era tarde demais...
Souberas tu se estivesses ao meu lando quando eu estivesse a sentir esta dor, talvez aí percebesses por que é confuso, ilusivo, uma grande superstição.
O tempo passa, e cada vez mais, me aleija mais, e não consigo fazer isto parar!
Sinto-me perdido de tudo o que alguma vez sou, sem me lembrar porque tive o passado que tive, a questionar-me porque no presente se está a passar isto, e nem quero imaginar como será o futuro, se esta dôr continuar a fazer mais pressão...
A agonia do mundo normal que não me explica, não me responde, às perguntas as quais eu sequer não conheço, a virar-me as costas quando mais me sinto perturbado, não me deixa viver...
Aquele sonho carismatico, um pensamento audaz, uma simples palavra que não consigo ouvir,
sabendo que existe, eu desapareço sem a conseguir ouvir, longe da morte, longe da vida, sou inexistente à natureza que eu observo. Doce angustia, de voltar a ser visto.
Mas não há luz, não há sombra, o preto e o branco fazem de mim cizento, passando despercebido por todo o resto que é cizento, caracterização perfeita de mim.
Mas lembro-me, que consigo ser encontrado de vez em quando, mas é quando as coisas parecem correr mal, não dá para sentir a partilha de uma felicidade provocada por uma boa acção realizada num espaço que estivesse ao meu alcamce...
Sempre me pareceu o mesmo... Serei realmente inocente a meu ponto de vista, ou apenas parecerei inocente?
Divulgo pelas minhas memórias para o descobrir...
Mas, as minhas memórias são cizentas...